Amanda Lazzaretti, filha da secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazaretti, passou a ser testemunha no caso envolvendo a apreensão de uma grande estufa de maconha em Várzea Grande por ter “postura colaborativa” durante a Operação Western.
A decisão de não “enquadrar” Amanda foi tomada pelo delegado Eduardo Ribeiro Machado Ferreira, da Delegacia Especial de Repressão a Narcóticos.
No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, no dia da operação, tanto Amanda, como seu seu namorado, foram considerados como “suspeitos”.
Depois, um relatório policial da Denarc apontou-os como investigados e que havia indícios de que o casal se dedicava à produção e venda de drogas em escala comercial.

No entanto, em despacho, o delegado da Denarc considerou que Amanda teve “postura colaborativa” e determinou a prisão em flagrante apenas de seu namorado, José Barcellos.
“Quanto à AMANDA LAZZARETTI AGUIAR, considerando a ausência de elementos concretos de participação na empreitada criminosa e sua postura colaborativa, NÃO se justifica a autuação, devendo ser ouvida como testemunha e liberada logo após com seus pertences”, argumentou o delegado.
Segundo Eduardo Ribeiro, a mera “cohabitação” na casa onde as drogas eram cultivadas não significa necessariamente implicação à suspeita.
“A mera coabitação não implica automaticamente em participação criminosa. O princípio da presunção de inocência e a necessidade de elementos concretos de participação impedem a autuação baseada apenas na convivência, especialmente considerando sua postura colaborativa durante a operação”, diz trecho do despacho policial assinado pelo delegado da Denarc.
Com isso, Amanda passou de investigada a testemunha. Apenas o namorado foi preso em flagrante e solto logo após audiência de custódia.
