O delegado Michel Paz, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista na manhã desta quinta-feira (23.10) que o motorista de aplicativo Daferson da Silva Nunes, de 36 anos, foi torturado por várias horas antes de ser executado em uma área de mata no distrito Sucuri, em Cuiabá.
Conforme o delegado, a execução foi cometida por integrantes de uma facção criminosa que se autodenomina “justiceiros da sociedade”, grupo que se apresenta como defensor da população, mas age com extrema violência.
“Essas pessoas se dizem justiceiras, mas são criminosos que torturam e matam sem nenhuma autorização do Estado. São piores do que aqueles que dizem combater”, afirmou Michel Paz.
O delegado explicou que o motorista foi atraído para uma emboscada, onde foi mantido refém, espancado e amarrado antes de ser morto. A vítima foi arrastada, agredida por várias horas e depois executada com tiros na cabeça.
“Ele foi torturado por cerca de seis horas. As roupas estavam rasgadas, o corpo tinha sinais de espancamento e ele foi encontrado com as mãos e os pés amarrados. A perícia indica que a morte foi extremamente violenta”, descreveu o delegado.
O corpo foi encontrado na manhã de quarta-feira (22) por trabalhadores da região. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou marcas de tiros na cabeça e ferimentos compatíveis com agressões e arrasto.



















