O título aponta uma ação da polícia contra fabrica em uso, como redescoberta em crime, pois o local irregular criminoso, além de usar rótulos falsos, já tinha sido lacrado pelo Ministério da Agricultura em 2024, como fabricante clandestina de bebidas, no pequeno município de Terenos, a 30 km de Campo Grande, na região sudoeste de Mato Grosso do Sul. Assim, a situação levou a PC-MS (Polícia Civil de MS), a prender Márcio Roberto Veron, dono da apontada fábrica clandestina de bebidas alcoólicas que funcionava na zona rural de Terenos
A operação foi realizada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), em ação conjunta com fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esse tipo de ação virou foco depois das contaminações por metanol no Brasil.
No local, que operava sob o nome Indústria e Comércio de Bebidas Terenos Eireli, os agentes encontraram rótulos e tampas falsificadas da marca “Shirlof”, de vodka, além de garrafas prontas para venda, sacos de ácido cítrico e compostos químicos usados na adulteração de bebidas.
A empresa já havia sido lacrada pelo Ministério da Agricultura no ano passado, mas continuava operando de forma irregular. O proprietário foi preso em flagrante e deve responder por crime contra as relações de consumo e falsificação de bebidas alcoólicas, infrações que podem render pena de até oito anos de prisão.
Grande quantia de material

Conforme a Decon, a ação no local localizou e acabou por apreender grande quantia de material, irregular criminoso, fora de norma da Legislação sanitária e jurídica, pois haviam falsificações de produtos.
“Foram apreendidos rolos de rótulos falsos, sacos com tampas plásticas, frascos de compostos químicos irregular e bebidas engarrafadas. Mas, ainda sem um balanço total divulgado”, apontou nota da Decon.
O local, novamente, foi interditado, e as amostras serão encaminhadas para análise laboratorial, que devem ratificar falsificações e ou adulterações.
Risco do Metanol
A Decon alerta que a fabricação e comercialização de bebidas fora dos padrões legais representam risco grave à saúde pública, já que produtos adulterados podem conter substâncias tóxicas, como o metanol, álcool industrial que pode causar cegueira, falência de órgãos e até a morte.
O flagrante ocorre em meio a um alerta nacional sobre intoxicações por metanol em bebidas clandestinas. Segundo o Ministério da Saúde, até o último boletim divulgado em 29 de outubro de 2025, o país registrava 59 casos confirmados de intoxicação, 44 ainda em investigação e 662 descartados.
Em Mato Grosso do Sul, há um caso sob investigação, conforme o mesmo relatório. No início de outubro, o Estado chegou a registrar quatro notificações, das quais três já foram descartadas após análises.
As autoridades reforçam que o consumo de bebidas sem procedência, vendidas sem rótulo ou sem registro oficial, coloca a vida em risco e alimenta um mercado ilegal que atua fora de qualquer controle sanitário.


















