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“namoro político”

De Crítico a Aliado? Mudança de postura de Capitão Contar em relação a Reinaldo Azambuja gera críticas

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A aproximação política entre o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) vem gerando forte repercussão nos bastidores da política sul-mato-grossense. O ex-parlamentar, que durante o mandato se notabilizou por ser um dos principais opositores de Azambuja, agora busca uma reaproximação com o ex-governador de olho nas eleições de 2026.

Segundo informações do Correio do Estado, Contar foi convidado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para uma reunião em Brasília no próximo dia 12. O encontro também deve contar com a presença do secretário-geral da legenda, o senador Rogério Marinho (RN). A movimentação reforça a intenção de Contar de disputar uma vaga ao Senado Federal, possivelmente em uma dobradinha com Azambuja.

Do impeachment ao “namoro político”

A nova postura de Contar, no entanto, contrasta com o tom combativo que marcou sua atuação como deputado estadual. Em 2019, o então parlamentar apresentou um pedido de impeachment contra Reinaldo Azambuja, alegando envolvimento do governador em esquemas de corrupção. À época, Contar divulgou um vídeo nas redes sociais em que afirmava ser “público e notório que o governador foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa”.

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O ex-deputado também afirmou ter protocolado uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o compartilhamento de provas da operação que investigava o ex-governador, com o objetivo de embasar o processo de impeachment.

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Hoje, porém, o discurso mudou. Em entrevista recente à Rádio Massa, Contar adotou um tom conciliador e admitiu a possibilidade de integrar o mesmo projeto político de Azambuja, caso se confirme sua filiação ao PL ou ao PP.

Repercussão negativa e críticas à coerência

A guinada política do Capitão Contar tem sido alvo de críticas nas redes sociais e entre apoiadores que antes o viam como símbolo de oposição à “velha política”. Para muitos, a aproximação com Azambuja representa uma contradição com seu discurso ético e anticorrupção, marca de sua trajetória parlamentar.

Analistas políticos avaliam que o movimento de Contar é estratégico, buscando espaço em partidos com maior estrutura para disputar o Senado. No entanto, o custo dessa mudança pode ser alto: perda de credibilidade junto à base que o apoiou justamente por seu perfil combativo.

Enquanto Contar tenta consolidar sua nova aliança, a principal dúvida que fica é se o eleitorado sul-mato-grossense aceitará essa mudança de postura ou se verá nela apenas mais um exemplo da flexibilidade ideológica que marca a política brasileira.

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