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OPERAÇÃO SEPULCRO CAIADO

Advogado diz ter sido vítima de esquema que desviou R$ 21 milhões do TJ, mas juiz mantém suspensão de processo

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O advogado Rodrigo Marinho, alvo da Operação Sepulcro Caiado, afirmou ter sido vítima de um esquema que desviou R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), mas teve um processo que defendia um cliente suspenso pela Justiça. A decisão foi proferida no último dia 13 pelo juiz Jamilson Haddad, da 5ª Vara Cível de Cuiabá, diante das “gravíssimas” alegações que cercam a execução ajuizada em 2021.

O processo em questão trata de uma ação monitória ajuizada por Marinho em nome de Jamil Rosa da Silva, referente a um cheque de R$ 60 mil, que foi atualizado para R$ 70 mil. Em agosto de 2025, o advogado renunciou à atuação, alegando que sua certificação digital foi utilizada de forma fraudulenta por terceiros, especialmente pela advogada Maiara Fernanda Carneiro.

Em setembro, Marinho ingressou com denúncia contra Maiara, apresentando prints de conversas e comprovantes de depósitos de R$ 160 mil, afirmando que ela agiu em nome dele sem autorização. Apesar das alegações de Marinho de ter sido induzido ao erro, o juiz decidiu manter a suspensão do processo, destacando que a investigação da Operação Sepulcro Caiado continua em andamento.

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A operação, deflagrada em 30 de julho de 2025 pela Polícia Civil de Mato Grosso, busca desarticular um sofisticado esquema de fraudes contra o Judiciário estadual. Até agora, foram identificados prejuízos de R$ 11 milhões, mas a estimativa pode chegar a R$ 21 milhões, considerando que apenas 17 processos foram analisados.

Segundo as investigações, a associação criminosa tinha divisão de tarefas e utilizava o Judiciário para obter vantagens ilícitas de forma estruturada e repetitiva. Os investigados respondem por crimes como estelionato, falsificação de documentos, peculato, patrocínio infiel e lavagem de dinheiro, podendo a atuação configurar associação ou organização criminosa.

Entre os alvos da operação estão advogados e empresários, incluindo Rodrigo Moreira Marinho, João Gustavo Ricci Volpato, Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, Themis Lessa da Silva, Régis Poderoso de Souza, João Miguel da Costa Neto, Denise Alonso e Mauro Ferreira Filho.

O caso segue com grande repercussão em Mato Grosso, reforçando a atenção das autoridades sobre fraudes complexas que envolvem uso indevido do Judiciário e a responsabilidade de advogados e operadores do direito.

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Fonte:  Olhar Jurídico 

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PF mira empresários e servidores do Mapa contra corrupção; mansão é alvo em CuiabáA Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (29), a Operação Imperium Messis, que tem como alvo servidores do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e empresários do setor de exportação de alimentos suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. A ação ocorre em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpre 11 mandados de busca e apreensão em Boa Vista e Cantá (RR) e também em Cuiabá (MT). Na capital mato-grossense, a PF realizou buscas em uma mansão de alto padrão no condomínio Alphaville, localizado no bairro Jardim Itália. No local, foram apreendidos veículos de luxo, incluindo uma Porsche e um Dodge, além de documentos e equipamentos eletrônicos. A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas investigadas, totalizando R$ 1,8 milhão. Segundo os investigadores, as ações são resultado de uma denúncia anônima recebida em 2020, que deu origem às apurações. Esquema de propina e favorecimento As investigações apontam que o esquema criminoso começou em 2020, após mudanças no processo de fiscalização de mercadorias destinadas à Venezuela. As inspeções, antes realizadas pela Receita Federal em Pacaraima (RR), passaram a ocorrer em uma empresa privada em Boa Vista, que funcionava como entreposto aduaneiro. Durante as fiscalizações, servidores do Mapa teriam recebido propina de empresários para favorecer determinadas empresas no processo de inspeção e liberação de cargas. Os valores ilícitos eram repassados por meio de intermediários e empresas de fachada, com o objetivo de ocultar a origem do dinheiro. A PF identificou que o grupo movimentava grandes quantias de forma irregular, simulando contratos e operações comerciais inexistentes. Parte desses recursos foi utilizada na aquisição de bens de alto valor, como imóveis e carros de luxo o que levou à atuação dos agentes também em Cuiabá. Medidas cautelares e impacto institucional Além das buscas, a Justiça Federal determinou medidas cautelares contra os investigados, como o afastamento de funções públicas, proibição de deixar o país e suspensão das atividades empresariais das companhias envolvidas. Em nota, a CGU afirmou que o esquema violava o princípio da impessoalidade, comprometendo a credibilidade das instituições públicas e prejudicando a livre concorrência entre as empresas do setor. “As práticas ilícitas identificadas comprometem a confiança da sociedade nas instituições e afetam diretamente o ambiente de negócios no país”, destacou o órgão. A Operação Imperium Messis continua em andamento, e os investigados podem responder por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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