Pesquisar
Close this search box.
VEJA

Caso Emanuelly: menina abusada e morta asfixiada, autor com histórico de estupros e possível omissão

publicidade

Emanuelly Victória Souza Moura, de 6 anos, foi encontrada morta na noite de quarta-feira (27) na casa do principal suspeito na Vila Carvalho, em Campo Grande. Ela foi vítima de um crime brutal, sendo sequestrada, estuprada e morta por um conhecido da família, que fugiu após o crime.

O autor é Marcos Willian Teixeira Timóteo, um homem de 20 anos que tinha um histórico de abusos infantis e que, posteriormente, morreu em confronto com a polícia.

O caso ganhou mais complexidade com a revelação de que Emanuelly era acompanhada pelo Conselho Tutelar há anos. Diante disso, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul iniciou uma investigação para apurar a possível omissão ou falha na atuação do órgão, levantando questões sobre a proteção de crianças em situação de vulnerabilidade.

Nesta matéria você vai entender o que se sabe sobre o caso até o momento. Você vai ler sobre:

  • Quem era Emanuelly?
  • Quem era o suspeito do crime e como ele morreu?
  • Qual era o histórico criminal de Marcos Willian?
  • Emanuelly era acompanhada por algum órgão de proteção à criança?
  • O Ministério Público está investigando o Conselho Tutelar?
  • A família de Emanuelly recebia assistência social.

Quem era Emanuelly Victoria Souza Moura e qual o desfecho do crime?

Emanuelly Victoria Souza Moura era uma menina de 6 anos que morava na Vila Taquarussu, em Campo Grande (MS) com o padrasto, mãe e a irmã de 2 anos. Ela foi sequestrada, na manhã de quarta-feira (27) estuprada e morta por um homem, conhecido da família.

Leia Também:  Detran não poderá cobrar diária de veículos apreendidos por um dia

Seu corpo foi achado à noite, com sinais de violência, enrolado em uma coberta com fitas adesivas, em uma banheira de bebê, escondido sob a cama do suspeito.

A criança foi sepultada na manhã desta sexta-feira (29).

Quem era o suspeito do crime e como ele morreu?

O principal suspeito era Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, que era conhecido da família da vítima e morava na Vila Carvalho. O homem trabalhava no mesmo local que o padrasto da vítima.

Ele morreu em confronto com policiais do Grupo de Operações e Investigações (GOI) da Polícia Civil na região da Cachoeira do Inferninho. Marcos estava armado, atirou contra a equipe e foi baleado, não resistindo aos ferimentos após ser socorrido.

Qual era o histórico criminal de Marcos Willian Teixeira Timóteo?

Marcos Willian possuía um histórico de abusos infantis e outras passagens pela polícia. Ele foi internado em 2019, aos 14 anos, após abusar de um bebê de 1 ano e 4 meses, e chegou a ser internado na Unidade Educacional de Internação (Unei). Em 2020, a defesa solicitou a substituição da medida de internação por uma alternativa mais branda.

O juiz acatou o pedido da defesa e determinou a substituição da internação por liberdade assistida, com duração mínima de seis meses. Após a decisão, Marcos foi liberado da Unei. No mesmo ano (2020), voltou a abusar de duas meninas. Ele ficou fora da internação, porque não foi encontrado.

Leia Também:  Homem invade UPA e tenta estuprar enfermeira

Suas passagens incluíam furto qualificado (2018), estupro de vulnerável (2019 e 2020), e injúria e violência doméstica (2024).

No caso da Emanuelly, ele responderia por sequestro, cárcere privado, estupro de vulnerável, homicídio qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver.

Emanuelly era acompanhada por algum órgão de proteção à criança?

Sim, Emanuelly era acompanhada pelo Conselho Tutelar de Campo Grande desde 2020, segundo documentos do próprio órgão. O último registro de acompanhamento foi em maio de 2025, quando ela quebrou o braço em uma suspeita de agressão. No entanto, a família negou que a criança sofresse maus-tratos ou agressões.

O Ministério Público está investigando o Conselho Tutelar?

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para apurar a atuação do Conselho Tutelar Sul no caso de Emanuelly. O objetivo é verificar se houve falha ou omissão por parte do órgão e se essa conduta pode ter alguma relação com a morte da criança. O Conselho Tutelar não respondeu aos questionamentos do g1 sobre o caso.

A família de Emanuelly recebia assistência social?

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) informou que a família foi atendida em fevereiro pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Guanandi, após solicitação do Conselho Tutelar Sul. Foi constatada vulnerabilidade social e oferecida uma cesta básica, além de serviços como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Programa Criança Feliz.

A família aceitou a cesta básica, mas recusou os demais serviços oferecidos. O padrasto negou que a criança passasse fome.

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade