O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na noite dessa quinta-feira (03.10), a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar o tratamento de vítimas de intoxicação por metanol em estados e municípios. A medida foi comunicada nas redes sociais e detalhada nesta quinta-feira (02.10), durante reunião da Sala de Situação criada pelo Governo Federal para monitorar os casos.
“Determinamos a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar estados e municípios no tratamento de vítimas. A Anvisa também acionou produtores e agências internacionais para adquirir Fomepizol, outro antídoto usado em casos de intoxicação”, afirmou o ministro.
Segundo Padilha, além da nova aquisição, o Ministério da Saúde já estruturou um estoque estratégico em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que mantém 4,3 mil ampolas distribuídas em hospitais universitários federais e unidades do SUS. O objetivo é garantir reposição e distribuição rápida conforme a demanda de cada região.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma chamada pública para identificar fornecedores internacionais de fomepizol, medicamento específico para intoxicação por metanol e que atualmente não está disponível no Brasil. O governo também acionou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a doação imediata de 100 tratamentos e manifestou interesse em adquirir outras mil unidades por meio do Fundo Estratégico da entidade.
Padilha ressaltou que as medidas são preventivas, diante do aumento recente de notificações no País. “Nos últimos anos, não ultrapassamos 20 casos por ano, mas temos observado um registro maior no estado de São Paulo. Essas são medidas preventivas do Ministério da Saúde”, explicou.
Até a tarde de quinta-feira, o Brasil registrava 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Outros 11 já foram confirmados em exames laboratoriais, segundo o Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs). Uma morte foi confirmada em São Paulo, e outros sete óbitos seguem em investigação — cinco também em São Paulo e dois em Pernambuco.