O Ministério da Justiça informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encaminhou à Embaixada do Brasil em Roma a documentação complementar necessária para oficializar o pedido de extradição de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele também já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) em abril.
Segundo a acusação, o ex-assessor teria repassado informações sigilosas, incluindo petições e diálogos internos de servidores ligados a Moraes no STF e no TSE, ao jornal Folha de S. Paulo.
Nesta quarta-feira (01.10), Tagliaferro foi conduzido pela polícia italiana a uma delegacia, onde recebeu a notificação de uma medida cautelar que o impede de deixar a cidade onde está. A defesa afirmou que entregou documentos para tentar evitar sua extradição.
Em nota, o advogado Eduardo Kuntz destacou que o procedimento não configurou prisão. Já o próprio Tagliaferro declarou. “Foi só um procedimento de informação. Não fui preso, tô em casa, de boa e vamos continuar lutando contra esse criminoso chamado Alexandre de Moraes”.