O governo do Acre, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), organização científica e não governamental, e outras entidades, está implementando um projeto inovador para a recuperação de áreas e paisagens degradadas na região do Juruá. A iniciativa tem como principal objetivo mostrar que é possível melhorar a produtividade agrícola de pequenas propriedades, sem a necessidade de novos desmatamentos, utilizando técnicas adequadas de manejo do solo.

Ao chegar às propriedades rurais, os técnicos apresentam aos produtores alternativas viáveis para recuperar áreas com baixa produtividade, como pastagens degradadas e áreas de capoeira. Com orientação especializada, os agricultores melhoram o manejo das áreas, garantindo ganhos na produção e preservando o meio ambiente.
A produtora rural Elizete Amaral, que trabalha com mandiocultura, já colhe os frutos da iniciativa. Em sua propriedade, o projeto otimizou a reutilização do solo no entorno da casa de farinha, facilitando o trabalho diário. “Antes, eu pensava que, para plantar mais, precisava desmatar outra área. Com o projeto, aprendi a recuperar o solo que já tenho, e isso fez toda a diferença. Agora, a produção da farinha ficou mais eficiente e menos cansativa”, relata.
O gestor da Seagri no Juruá, Marcos Pereira, destaca a importância da assistência técnica oferecida pelo projeto. “Nosso foco é promover trocas com os produtores, para utilizarem melhor suas terras. Muitas vezes, não sabem que podem recuperar áreas já abertas e melhorar sua produtividade sem precisar desmatar. Com planejamento e técnicas adequadas, conseguimos fortalecer a agricultura familiar e reduzir impactos ambientais”, explica.

A recuperação das áreas degradadas envolve um conjunto de práticas, como preparo do solo, adubação, controle de doenças e mecanização. O analista de pesquisa do Ipam, Aliedson Sampaio, reforça a relevância do projeto. “O uso correto do solo é essencial para garantir a produtividade a longo prazo. Aqui no Juruá, estamos mostrando que o manejo sustentável traz resultados concretos, tanto para os produtores quanto para a conservação da floresta”, afirma.
O projeto é financiado pela União Europeia, que firmou um acordo de cooperação técnica com o governo do Acre, estabelecendo um plano de trabalho entre as secretarias estaduais, com a Seagri como principal responsável pela execução das ações.

Sobre o Ipam
Atuando há mais de 25 anos atua na promoção do desenvolvimento sustentável na Amazônia, o trabalho do Ipam envolve pesquisas, capacitação de produtores rurais e formulação de políticas públicas voltadas para a conservação ambiental e o uso responsável dos recursos naturais.
Com essa parceria entre governo do Estado e instituições de pesquisa, o Acre avança na recuperação de suas paisagens degradadas, promovendo uma agricultura mais produtiva e sustentável.
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PF mira empresários e servidores do Mapa contra corrupção; mansão é alvo em CuiabáA Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (29), a Operação Imperium Messis, que tem como alvo servidores do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e empresários do setor de exportação de alimentos suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. A ação ocorre em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpre 11 mandados de busca e apreensão em Boa Vista e Cantá (RR) e também em Cuiabá (MT). Na capital mato-grossense, a PF realizou buscas em uma mansão de alto padrão no condomínio Alphaville, localizado no bairro Jardim Itália. No local, foram apreendidos veículos de luxo, incluindo uma Porsche e um Dodge, além de documentos e equipamentos eletrônicos. A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas investigadas, totalizando R$ 1,8 milhão. Segundo os investigadores, as ações são resultado de uma denúncia anônima recebida em 2020, que deu origem às apurações. Esquema de propina e favorecimento As investigações apontam que o esquema criminoso começou em 2020, após mudanças no processo de fiscalização de mercadorias destinadas à Venezuela. As inspeções, antes realizadas pela Receita Federal em Pacaraima (RR), passaram a ocorrer em uma empresa privada em Boa Vista, que funcionava como entreposto aduaneiro. Durante as fiscalizações, servidores do Mapa teriam recebido propina de empresários para favorecer determinadas empresas no processo de inspeção e liberação de cargas. Os valores ilícitos eram repassados por meio de intermediários e empresas de fachada, com o objetivo de ocultar a origem do dinheiro. A PF identificou que o grupo movimentava grandes quantias de forma irregular, simulando contratos e operações comerciais inexistentes. Parte desses recursos foi utilizada na aquisição de bens de alto valor, como imóveis e carros de luxo o que levou à atuação dos agentes também em Cuiabá. Medidas cautelares e impacto institucional Além das buscas, a Justiça Federal determinou medidas cautelares contra os investigados, como o afastamento de funções públicas, proibição de deixar o país e suspensão das atividades empresariais das companhias envolvidas. Em nota, a CGU afirmou que o esquema violava o princípio da impessoalidade, comprometendo a credibilidade das instituições públicas e prejudicando a livre concorrência entre as empresas do setor. “As práticas ilícitas identificadas comprometem a confiança da sociedade nas instituições e afetam diretamente o ambiente de negócios no país”, destacou o órgão. A Operação Imperium Messis continua em andamento, e os investigados podem responder por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.



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Foto: Marcos Santos/Secom
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