Em apenas 10 dias do mês de abril, três mulheres foram esfaqueadas por ex-companheiros em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Campo Grande, São Gabriel do Oeste e por último em Coxim. Do começo do ano até o mês de abril, sete mulheres foram vítimas de feminicídio.
No dia 5 de abril, uma mulher de 40 anos foi esfaqueada seis vezes pelo ex-namorado, sendo que uma das facadas atingiu as partes íntimas da vítima. A mulher foi esfaqueada na frente da neta, que ficou em choque. O autor fugiu, mas acabou preso, sendo solto com tornozeleira eletrônica. Com a soltura dele, a vítima contou ao Midiamax que temia pela sua vida, já que ele havia prometido voltar para matá-la.
Logo depois, o MPMS pediu pela prisão do autor, que voltou a ser preso. Ele foi encontrado na residência da mãe pela Polícia Militar.
A professora teve o pulmão e útero perfurados pelas facadas. Ela teve de ser transferida para a Santa Casa de Campo Grande, devido ao seu estado de saúde.
Na noite desta quarta-feira (16), uma jovem de 20 anos foi esfaqueada pelo menos cinco vezes, em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, pelo ex-namorado. A jovem correu até um bar para pedir ajuda, após a tentativa de feminicídio.
A vítima tinha uma medida protetiva contra o suspeito. Ela teria ido até a residência onde morava anteriormente com o agressor. Testemunhas relataram que o homem chegou na residência e a surpreendeu no banheiro.
A vítima foi atingida na perna direita, joelho esquerdo, braço esquerdo, virilha e abdômen.
Femincidios no Estado
Desde o começo do ano até abril foram sete feminidios em Mato Grosso do Sul. Segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) são 19 dias sem feminicidio. Desde o começo do ano até março, uma mulher foi morta a cada sete dias no Estado.
Feminicídios registrados até 29 de março em MS
- Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
- Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
- Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
- Miriele dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
- Emiliana Mendes (Juti) – 24 de fevereiro
- Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março
- Alessandra da Silva Arruda (Nioaque) – 29 de março
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.